Dia Nacional do Café é marcado por ação de valorização das origens produtoras mineiras

O consumo consciente está provocando impactos positivos na cadeia produtiva do café em Minas Gerais. O estado responde por cerca de 50% da produção nacional e vem se destacando por uma estratégia de diferenciação e competitividade baseada na valorização da origem produtora. Para marcar o Dia Nacional do Café, comemorado em 24 de maio, o Sebrae Minas promove uma ação para divulgar os cafés especiais de regiões produtoras do estado. Torrefadores das regiões das Matas de Minas (Leste), Cerrado Mineiro (Noroeste) e Mantiqueira de Minas (Sul e Sudoeste) estão expondo e vendendo cafés com garantia de origem e qualidade no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte, onde acontece a Semana do MEI.

Quem visitar o Museu de Artes e Ofícios até sexta-feira poderá conferir e comprar cafés especiais na versão torrado e moído e em grão, além de bebidas à base de café e café com leite. O objetivo da ação é mostrar aos consumidores os diferenciais dos cafés produzidos nessas regiões, com qualidade e propriedades únicas. “A estratégia de valorização da identidade de origem produtora está reposicionando a cafeicultura mineira e abrindo mercados qualificados para pequenos produtores do estado”, afirma Priscilla Lins, gerente de Agronegócios do Sebrae Minas.

Os projetos estimulam a organização dos produtores, a sustentabilidade das lavouras, do ponto de vista social, ambiental e econômico, o aprimoramento técnico e tecnológico para garantir a qualidade dos grãos, além de acesso a mercados.
É bom lembrar que os cafés especiais, de um modo geral, têm um processo totalmente diferenciado. São produzidos em áreas mais altas, a colheita é manual, seletiva, tirando do pé apenas os grãos maduros. Para os pequenos produtores, que não conseguem competir em quantidade com os grandes players do setor, o investimento em cafés especiais tem se mostrado um bom negócio.

Tendência

A valorização da origem produtora é uma das principais tendências do mercado mundial do café. O movimento conhecido como a “terceira onda do café” continua abrindo oportunidades para o setor no mercado nacional, basta notar o aumento do interesse na abertura de cafeterias.

Em 2018, o segmento foi o primeiro no ranking de temas mais baixados no site do Sebrae Minas – mais de três mil downloads – por pessoas que buscavam informações para abrir um negócio. Além disso, o número de negócios relacionados ao ramo cresceu 27,5%, somando 26.470 estabelecimentos no estado.

SERVIÇO

Dia Nacional do Café
22 a 24 de maio
9h30 às 17h30
Museu de Artes e Ofícios – Praça da Estação/BH

Participantes: Café dos Reis (Matas de Minas), Arabica Best Coffee (Cerrado Mineiro) e Amora Cafés Especiais (Mantiqueira de Minas)

Regiões produtoras de café de Minas Gerais

Cerrado Mineiro

• Única região do país detentora da Denominação de Origem para o café
• 21% da produção mineira do grão
• 55 municípios produtores
• 189.183 hectares de lavoura
• 7,1 milhões de sacas em 2018
• 4,5 mil produtores
• Altitudes entre 800 e 1,3 mil metros
• Cidade-polo: Patrocínio – município com a maior produção de café do Brasil

Matas de Minas

• 2ª maior região produtora de café arábica do estado (atrás apenas do Sul de Minas)
• 23% da produção mineira de café
• 63 municípios produtores
• 278.811 hectares de lavoura
• 7,5 milhões de sacas em 2018
• 36 mil produtores
• Altitudes entre 600 e 1,3 mil metros
• Cidade-polo: Manhuaçu

Mantiqueira de Minas

• Reconhecida como Indicação de Procedência por sua tradição secular e a reputação mundial da alta qualidade de seus cafés
• 65% da produção mineira de café está concentrada no Sul de Minas, onde está situada a Região Mantiqueira de Minas
• 25 municípios produtores
• Altitudes entre 900 e 1,4 mil metros
• Cidade-polo: Carmo de Minas

Fonte: Abic